Ver, ouvir, sentir, desafiar através do vento

“Narrativa poética sobre o movimento e a dinâmica da Natureza, neste caso personificada pelo vento, este volume dá conta igualmente do processo de crescimento da criança, a sua afirmação individual e a descoberta do mundo que a rodeia. De uma passividade inicial ao total controlo dos elementos, a criança descobre o mundo ajudada pelas várias formas que o vento assume, metáforas de diferentes estados de espírito, mas também da própria vida. As ilustrações de Gémeo Luís adequam-se particularmente a este registo textual, recriando movimentos e voos, recriando visualmente o vento, a sua acção e consequências. Entre o discurso poético e o narrativo, no registo habitual de Eugénio Roda, este é um livro que proporciona múltiplas leituras.”

Ana Margarida Ramos, Casa da Leitura

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“Catavento é um livro imensamente televisivo porque tem tudo o que a televisão precisa: sons (choro do bébé a nascer, passos do menino a correr, vento e ventanias, barulhos de destruição e de construção) o que permite uma sonoplastia muito sofisticada e interessante. Tem diálogo nas perguntas que o menino faz, nas histórias que o vento lhe conta, nas novidades que ele traz, tem aventura, a aventura da vida, o que cria dinâmica e emoção. Tem efeitos especiais a cidade a destruir-se pode ser feita com efeitos muito bonitos e que levam a fazer perceber que destruir também pode ser salvar. E tem desenhos, imagens que podem ser recortadas, tem a cor que a televisão já desdenhou mas que o mundo nunca dispensou. E tudo isto serve para meninas, meninos, pais, avós e agora bisavós.”

Teresa Paixão, RTP2