Ssschlep vai à Cozinha do Cardeal e vai à Cantina das Escolas

Ssschlep foi apresentado, lido e saboreado na Cozinha do Cardeal, na Universidade de Évora no encontro Representações, Co-organizado e co-produzido pelo Festival Escrita na Paisagem e pelo IELT-Instituto de Estudos de Literatura Tradicional.

José Alberto Ferreira, diretor do Festival Escrita na Paisagem, comenta assim o livro: “Sem esquecer o resto da conversa, isto é, do jantar, que o tempo é o da (re)descoberta do prazer à mesa, com bocas, narizes, olhos e ouvidos bem abertos para todas as conversas! Porque a teoria da sopa é, em verdade, uma teoria da conversa. E fazer com que não seja só conversa passa por cada um reinventar a hora da sopa com as mil e uma histórias possíveis. Na sessão de lançamento de «Ssschlep», realizada a 18 de Setembro na Cozinha do Cardeal, em Évora, em tom de conluio de adultos e à roda de uma sopa da panela, foi isso mesmo que se disse e se provou. Eugénio Roda (pseudónimo de Emilio Remelhe, a.k.a. Elliot Rain) e Gémeo Luís (nome de arte de Luís Mendonça) são autores de uma boa mancheia de livros em colaboração (recordo O moinho de tempo, O piano de cauda, O quê que quem — Notas de rodapé e corrimão, Desventuras completas I e II, Aventuras domiciliárias I, II e III). O quê que quem obteve o Prémio Nacional de Ilustração 2005. «Ssschlep» é o seu décimo primeiro livro. E abre o apetite!”

Não se pode afirmar com segurança que Ssschlep tenha aberto apetite para a sopa. Mas nos workshops de cantina nas escolas, a conversa com a sopa, com o livro e com os autores proporcionou, no mínimo, um almoço diferente. Nas palavras de Ana Margarida Ramos, neste livro há “muitas histórias que, tal como a sopa alimenta o corpo, alimentam a imaginação e, sobretudo, os afetos dos mais pequenos […] mais uma vez, a cumplicidade desta dupla de autores, que se diverte a construir um livro igualmente divertido”. A ele também se refere Andreia Brites, considerando que “o jogo semântico inverte o jogo entre o óbvio e o idiomático, obrigando o leitor a refletir sobre o uso das expressões que utiliza diariamente” ou Maria Teresa Meireles, referindo que Ssschlep “pode e deve ser usado em contexto de estudo acompanhado, ciências da natureza, nutrição, educação em geral. Poderá também ser trabalhado em termos de multiculturalismo, uma vez que uma sopa, à semelhança do próprio arco-íris, é feita de ingredientes vários, de cores e sabores diferentes”