Sobre o Lugar, a Identidade, a Diferença, o Desencontro e o Reencontro

Sonharte Contarte nasceu de e para o Projecto Educativo dos Teatros Associados ARTENREDE com o tema «Cidades Encenadas – cinco sentidos para uma programação».

“O Projecto Educativo concebido e proposto pela Artemrede pretende fornecer aos diferentes públicos (sejam crianças, jovens, adultos ou idosos) ferramentas de reflexão, discussão e questionamento, através da criação e da criatividade artísticas.  Em 2009 as actividades propostas partiram de vários temas relacionados com os espectáculos programados, para que os mesmos pudessem ser abordados e explorados de diferentes formas. O desafio lançado ao Gémeo Luís consistia na criação de ilustrações que transmitissem e promovessem o conteúdo de cada actividade.

O resultado foram nove imagens que retrataram nove oficinas: Oficina de Escrita e Teatro A Caça, de Catarina Requeijo e Miguel Fragata; Encontros Improváveis, de Inês Barahona; O Prazer do Poema, de Paulo Campos dos Reis; As Pessoas do Pessoa, de Catarina Requeijo; O Corpo como uma Marioneta, de Yola Pinto; Noite Árabe, da Câmara dos Ofícios; Oficina de Hip-Hop, de Nelson Lucas; Oficina de Djing, de DJ Ride; Museu dos Dias Úteis, de Sara Franqueira e Patrícia Maya

Apesar da clara aproximação ao conteúdo de cada oficina, as ilustrações possibilitaram um abrangente leque de interpretações relativamente à mensagem promovida, indo assim de encontro ao que se pretendia com esta iniciativa: não apenas encontrar um meio de promoção do Projecto Educativo, mas também criar mais um objecto artístico, que por si só já permitisse uma livre interpretação sobre os temas propostos. O livro SONHARTE CONTARTE reúne estas ilustrações e, com texto de Eugénio Roda, conta a história de Mir e Mur e dos seus encontros e desencontros na cidade. O livro possibilitou assim a introdução de alguns temas de trabalho que interessam especialmente à Artemrede: a noção de território, o lugar / a cidade / a vila, as identidades e diferenças, a criação de pontos de encontro.”

Marta Martins, Artemrede