A Invasão da Casa Andresen mexe com outras casas

Primeiro, uma exposição, a Invasão da Casa de Sophia de Mello Breyner, por parte dos animais que reivindicam a instalação da Galeria da Biodiversidade, motivados por um sonho de Sophia. Segundo, um desafio a autores portugueses, o de efabular e de recriar novos mundos concentrados num livro, relacionados com o tema. Terceiro, uma mostra itinerante, dando a ver as ilustrações e a ler os textos de um livro que é, afinal, uma caixa com uma exposição lá dentro: que pode montar em sua casa, para levar a família a uma galeria de arte sem sair de casa.

Esta publicação é um armazém de literatura e de ilustração, com narrativas assinadas por nomes de referência, num manancial de estilos e técnicas. O livro é, por tudo e para além de tudo, um bom recurso educativo – uma grande quantidade de pequenas histórias para dar a conhecer, para sensibilizar, para trabalhar a literacia textual e visual – proporcionando uma experiência de mediação formal e não-formal de fácil articulação em aulas, em workshops, em atividades de enriquecimento curricular nas escolas ou em ateliers levados a cabo pelas mais diversas instituições com diferentes faixas etárias.

A exposição está disponível e sempre pronta a viajar. A instalação é muito simples e proporciona um cenário de rápida montagem e desmontagem, assim como permite agilizar um grupo de trabalho, seja ele grande ou pequeno. Porque todas as páginas, quer as escritas quer as desenhadas, são folhas soltas para passar de mão em mão. Assim, os textos e os desenhos permitem tantas sequências quantas se possam imaginar, totais ou parciais, estabelecendo relações surpreendentes entre palavras e imagens.