A nossa vida tem histórias até mais não, vamos lá contá-las, sim?

Este volume reúne histórias que testemunham episódios da vida real. Narram acontecimentos que ganharam um espaço particular nas memórias de quem direta ou indiretamente os viveu: humor, ternura, surpresa, aventura, coincidências, curiosidades, encontros, desencontros, desafios, subtilezas, espantos… tudo o que uma história tem e gosta de ter, multiplicada por muitas: estas e outras que aqui poderiam estar.

É um volume que se lê bem ao lume. Da lareira ou da salamandra. No Natal ou em momentos que tal, passando os folhetos escritos e ilustrados de mãos em mão, de voz em voz: ajudando a redescobrir o poder das histórias em grupo, em família, a estimular as memórias e o valor das histórias vividas por cada um: quem saberá que histórias há por contar se as não ouvir?
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NO TEXTO INTRODUTÓRIO, INÊS FONSECA SANTOS EXPLICA COMO SURGIU ESTE LIVRO:

“A História Devida foi criada para a rádio e esse sempre foi o seu «habitat natural». Os autores das histórias escreviam-nas precisamente para as poderem ouvir na rádio, lidas pelo Miguel Guilherme. Só algumas das histórias lidas na rádio passaram para o papel: primeiro para um livro chamado Histórias Devidas; depois para o jornal Público; e finalmente para o livro ilustrado A Vida das Histórias.

Todos estes modos de difundir as histórias acabaram por colaborar entre si, ou seja, funcionaram como um todo, alimentando esse projecto maior de partilha de histórias que foi A História Devida. No entanto, o facto de no jornal Público e no livro A Vida das Histórias os textos serem ilustrados somou uma nova leitura e interpretação de cada texto, o que, na minha opinião, estimulou ainda mais os contadores de histórias, os autores das histórias.

A organização e a apresentação do livro, tornando-o num objecto único, diferente de qualquer outro, evidenciaram um aspecto fundamental num momento em que quase todas as editoras seguem uma lógica de uniformização: o facto de A Vida das Histórias ter sido um livro pensado, tornando-se, por isso mesmo, um livro-objecto inconfundível.”